“Antigamente era um privilégio do cerrado. Hoje a gente vê nas regiões de mata, na região noroeste que também há uma presença muito grande da integração. Mato Grosso, em um passado recente, deu quase 3 milhões de hectares para pastagem e lavoura, mas, ao mesmo tempo, mantendo e aumentando o seu rebanho”, disse.

No primeiro semestre deste ano foram abatidos aqui no estado mais de 2 milhões de bovinos, aumento de mais de 5%, em comparação com o mesmo período de 2021.

Uma das explicações é que os produtores destinaram ao abate uma quantidade maior de fêmeas matrizes, já que o preço dos bezerros ficou menos atrativo. Uma outra causa foi o crescimento da demanda tanto no mercado nacional quanto no internacional.

Este ano acabaram-se as restrições sanitárias, principalmente da China, à carne brasileira e o produto que ficou represado no ano passado pôde ser exportado neste ano. Além disso, com a gripe suína na Ásia, a carne brasileira consolidou-se ainda mais nesses mercados

O analista de mercado Rodrigo Santos disse que os consumidores têm motivos pra ficares otimistas, já que o aumento do volume de abate pode contribuir para a redução do preço da carne nos próximos meses.

“A maior oferta de produto no mercado tende a trazer uma retração nos preços então a gente já consegue observar uma queda no índice de inflação em alguns produtos e essa grande oferta de carn

e bovina no mercado. Com certeza pode ter um impacto positivo na redução dos preços e o consumidor final começar a voltar a comprar carne bovina”, disse.